Emocionalidade alta, a meu ver e por experiência própria, pode traduzir-se numa dificuldade acrescida em superar traumas. A dôr recordada sobrepôe-se ao processo de interiorização da experiência e consequente apropriação intelectual. O ego reage e processos de fuga obsessivos alteram as regras protegendo o eu da memória. Esquecimento involuntário, memória nublada.
Essa dinâmica torna o confronto insuportável por meios naturais e só acessível por vontade directa conjugada com uma experiência da mesma essência do que o trauma original.
Felizmente é uma tendência e não um comportamento absoluto (nem poderia ser).
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